Em março de 1900 Carmo Gama concluía esta história intitulada “Lenda Quilombola”, relatando a saga dos jesuítas em fuga pelos Sertões Mineiros quando foram expulsos por Pombal, em 1759, e a posterior criação de uma cidadela, ou quilombo, para abrigar os negros e assassinos que os auxiliaram nas lutas travadas com as autoridades. O texto é marcadamente favorável aos jesuítas, mostrando a harmoniosa sociedade quilombola criada sob as ordens dos religiosos e mantida sob o domínio do grande líder negro Ambrósio.
Completando o quadro, Gama afirma que os escravos dos Jesuítas eram seres de boas índoles porque haviam sido educados, catequizados e purificados da barbárie em que viviam. Comentando sobre o tratamento que os Jesuítas dispensavam aos seus cativos, assim se refere: “...pretendendo fazer do escravo, senão um sócio, pelo menos um amigo e um braço forte e pronto para as emergências da vida, os jesuítas educaram-nos, ilustrando-os quanto possível, aproveitando as boas qualidades que ressaltavam, transpareciam por entre os bárbaros costumes africanos...”.
Por ocasião do relato, apenas doze anos havia passado desde que a escravidão fora abolida no Brasil. Carmo Gama era, portanto, um homem contemporâneo do sistema escravista e havia convivido parte de sua vida com esta realidade. Muitas das histórias ouvidas a respeito de escravos ainda estavam vivas em sua memória, assim como na das outras pessoas de seu tempo, principalmente em Minas Gerais, onde o número elevado de quilombos desde o século XVIII era propiciador de um imaginário capaz de transformar quilombolas em mitos, heróis ou monstros.
Completando o quadro, Gama afirma que os escravos dos Jesuítas eram seres de boas índoles porque haviam sido educados, catequizados e purificados da barbárie em que viviam. Comentando sobre o tratamento que os Jesuítas dispensavam aos seus cativos, assim se refere: “...pretendendo fazer do escravo, senão um sócio, pelo menos um amigo e um braço forte e pronto para as emergências da vida, os jesuítas educaram-nos, ilustrando-os quanto possível, aproveitando as boas qualidades que ressaltavam, transpareciam por entre os bárbaros costumes africanos...”.
Por ocasião do relato, apenas doze anos havia passado desde que a escravidão fora abolida no Brasil. Carmo Gama era, portanto, um homem contemporâneo do sistema escravista e havia convivido parte de sua vida com esta realidade. Muitas das histórias ouvidas a respeito de escravos ainda estavam vivas em sua memória, assim como na das outras pessoas de seu tempo, principalmente em Minas Gerais, onde o número elevado de quilombos desde o século XVIII era propiciador de um imaginário capaz de transformar quilombolas em mitos, heróis ou monstros.
Trecho de um trabalho de Marcia Amantino.
Próximo texto: O importante é resgatar e perceber.
Texto Anterior: A paga da traição.
Algumas citações que aparecem neste trabalho a respeito do Rei Ambrósio são oriundas de um texto de Gama, conforme trecho deste blog de 25 de maio de 2008.
Obs do prof Tarcísio José Martins: Reitero, de novo. Isto não é história. É um conto, um romance, de um autor chamado Joaquim do Carmo Gama. O texto NÃO informa que se trata de um conto, copiado pela Sra. Márcia Amantino. Isto é danoso para o conhecimento de nossas crianças. Divulgue o conto, mas registre em todas as páginas que é só um CONTO.
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