Partiu sua última guardiã – Dona Neta e, sobre ela e seu marido a Agenda 21 local, edição julho/2006, assim se referiu:
Nosso exemplo de vida começa sobre um cavalo carregando duas pessoas, uma doente na frente, e um senhor atrás, conduzindo o animal disposto a salvar mais uma vida. Chove muito e já é noite. Ao chegar em sua casa, incentivado por sua mulher, Dona Neta, ele leva aquela pessoa para dentro, onde outros 10 filhos vão compartilhar com o doente o seu alimento, suas roupas, o carinho da família. Lá, sem recurso e sem a expectativa de qualquer recompensa ou reconhecimento, o Dr. Veiga Lima acomoda mais um paciente dentre centenas, talvez milhares de outros cuja vida ou cujo nascimento passou por suas milagrosas mãos. Dona Neta, acostumada a doar todo mantimento, toda roupa que pudesse agasalhar alguém tenta desenvolver um teatro amador no velho cinema de Carmo da Cachoeira, a fim de recolher fundos e iniciar a construção de um hospital, e, a cada dia da repetia: “Deus proverá!” A fé daquelas duas almas, a esperança são o principal legado. Com mais de 55 anos de serviço, recebendo um cacho de bananas, uma sacola de verduras como pagamento, já casado, ele chama sua companheira e diz: Saí com minhas malas e perdi o ônibus por que estava cheio. Tive que esperar. Sei que vou para outro plano e que lá não existe pobreza. Em 1972 o Dr. Veiga Lima encontra lugar naquele ônibus que vai levá-lo para o alto, para junto do Pai sabendo que deixou na Terra inúmeros exemplos de compaixão e solidariedade, um verdadeiro e genuíno exemplo de vida.
Com o mesmo desprendimento, A Casa, que já se encontrava construída quando serviu de morada à família, se deixou partir, em maio de 2007. Muitos cachoeirenses acompanharam os momentos finais de sua vida. Muitos em vigília, e no silêncio, procuravam entender a mensagem, que ela queria deixar. A semelhança de seus moradores, manifestava o amor. Necessitava expor suas entranhas. Era lá, e não em seu exterior que estava grafada a história de nossas origens. Nossos olhares alcançaram os longínquos tempos. Sabe-se lá, quantos séculos. Bases em potentes pedras. Paredes em taipa-de-pilão. Ela dou-se, para que, com base se debruçar no estudo das origens de Cachoeira e conhecendo, ainda mais. Amando saberá preservá-la para as futuras gerações.
Nosso exemplo de vida começa sobre um cavalo carregando duas pessoas, uma doente na frente, e um senhor atrás, conduzindo o animal disposto a salvar mais uma vida. Chove muito e já é noite. Ao chegar em sua casa, incentivado por sua mulher, Dona Neta, ele leva aquela pessoa para dentro, onde outros 10 filhos vão compartilhar com o doente o seu alimento, suas roupas, o carinho da família. Lá, sem recurso e sem a expectativa de qualquer recompensa ou reconhecimento, o Dr. Veiga Lima acomoda mais um paciente dentre centenas, talvez milhares de outros cuja vida ou cujo nascimento passou por suas milagrosas mãos. Dona Neta, acostumada a doar todo mantimento, toda roupa que pudesse agasalhar alguém tenta desenvolver um teatro amador no velho cinema de Carmo da Cachoeira, a fim de recolher fundos e iniciar a construção de um hospital, e, a cada dia da repetia: “Deus proverá!” A fé daquelas duas almas, a esperança são o principal legado. Com mais de 55 anos de serviço, recebendo um cacho de bananas, uma sacola de verduras como pagamento, já casado, ele chama sua companheira e diz: Saí com minhas malas e perdi o ônibus por que estava cheio. Tive que esperar. Sei que vou para outro plano e que lá não existe pobreza. Em 1972 o Dr. Veiga Lima encontra lugar naquele ônibus que vai levá-lo para o alto, para junto do Pai sabendo que deixou na Terra inúmeros exemplos de compaixão e solidariedade, um verdadeiro e genuíno exemplo de vida.
Com o mesmo desprendimento, A Casa, que já se encontrava construída quando serviu de morada à família, se deixou partir, em maio de 2007. Muitos cachoeirenses acompanharam os momentos finais de sua vida. Muitos em vigília, e no silêncio, procuravam entender a mensagem, que ela queria deixar. A semelhança de seus moradores, manifestava o amor. Necessitava expor suas entranhas. Era lá, e não em seu exterior que estava grafada a história de nossas origens. Nossos olhares alcançaram os longínquos tempos. Sabe-se lá, quantos séculos. Bases em potentes pedras. Paredes em taipa-de-pilão. Ela dou-se, para que, com base se debruçar no estudo das origens de Cachoeira e conhecendo, ainda mais. Amando saberá preservá-la para as futuras gerações.
Comentários
Dona Neta era irmã o Professor JAIME CORRÊA DA VEIGA, autor de O POÇO DA COBRA PRETA.