São irrefutáveis as evidências da existência de um quilombo, em tempos remotos, na região da Chamusca, em Carmo da Cachoeira, embora não tenhamos localizado documentos registrando o fato de maneira explícita. Além do cemitério dos escravos que já existia no local quando chegaram os primeiros sesmeiros, fundando as primeiras fazendas, há o próprio significado da expressão chamusca que não deixa dúvida quanto à sua origem. De acordo com o dicionário Aurélio a expressão se relaciona ao ato ou efeito de chamuscar, ou seja, é atear fogo, queimar, ou sapecar, podendo ser associada ainda a encontro de forças em luta; tiroteio.
A expressão Chamusca, no caso, é uma referência tanto à batalha para destruir o quilombo, como às queimadas que os Capitães-do-mato fizeram em suas roças e choças, prática comum nas expedições que destruíam quilombos, conforme documentos que encontramos no Arquivo Público Mineiro: “se botou fogo, e destruiu o dito quilombo, e plantas, reduzindo tudo a cinzas” [1] ; “reduzindo a cinzas as casas que viviam” [2].
Outro topônimo relacionado ao quilombo é o ribeirão do Paiol, curso d’água que corre paralelo ao ribeirão da Chamusca e é afluente da margem direita do ribeirão Couro do Cervo. É uma referência ao paiol do quilombo que, certamente, se localizava nas proximidades da atual Fazenda do Paiol, subdivisão da Fazenda Ponte Falsa que pertenceu a Antonio Dias de Gouveia.
O paiol onde os quilombolas guardavam suas colheitas e mantimentos, sempre se localizava a certa distância do povoado principal para, em caso de ataque, seus víveres serem preservados e resgatados posteriormente. Tenho por mim que o topônimo Ponte Falsa é uma referência a alguma armadilha criada pelos quilombolas para proteger o acesso ao Paiol do Quilombo.
Além das evidências toponímicas citadas, localizamos o próprio sítio do povoado, a pouca distância do cemitério. Ali há um cercado de trincheiras semelhantes a valos, no formato retangular, com dimensões aproximadas de 80 x 150 metros e, dentro de seus limites, há uma nascente indicando que o povoado tinha abastecimento de água.
O uso de trincheiras na forma de valos profundos era comum nos quilombos, para dar proteção ao povoado. Tinham estacas pontiagudas cravadas no seu leito e eram camufladas com uma cobertura de taquaras e folhas secas. Em caso de ataque se tornavam importante recurso de defesa para, num primeiro momento, surpreender as forças invasoras, enquanto os quilombolas organizavam a fuga.
A expressão Chamusca, no caso, é uma referência tanto à batalha para destruir o quilombo, como às queimadas que os Capitães-do-mato fizeram em suas roças e choças, prática comum nas expedições que destruíam quilombos, conforme documentos que encontramos no Arquivo Público Mineiro: “se botou fogo, e destruiu o dito quilombo, e plantas, reduzindo tudo a cinzas” [1] ; “reduzindo a cinzas as casas que viviam” [2].
Outro topônimo relacionado ao quilombo é o ribeirão do Paiol, curso d’água que corre paralelo ao ribeirão da Chamusca e é afluente da margem direita do ribeirão Couro do Cervo. É uma referência ao paiol do quilombo que, certamente, se localizava nas proximidades da atual Fazenda do Paiol, subdivisão da Fazenda Ponte Falsa que pertenceu a Antonio Dias de Gouveia.
O paiol onde os quilombolas guardavam suas colheitas e mantimentos, sempre se localizava a certa distância do povoado principal para, em caso de ataque, seus víveres serem preservados e resgatados posteriormente. Tenho por mim que o topônimo Ponte Falsa é uma referência a alguma armadilha criada pelos quilombolas para proteger o acesso ao Paiol do Quilombo.
Além das evidências toponímicas citadas, localizamos o próprio sítio do povoado, a pouca distância do cemitério. Ali há um cercado de trincheiras semelhantes a valos, no formato retangular, com dimensões aproximadas de 80 x 150 metros e, dentro de seus limites, há uma nascente indicando que o povoado tinha abastecimento de água.
O uso de trincheiras na forma de valos profundos era comum nos quilombos, para dar proteção ao povoado. Tinham estacas pontiagudas cravadas no seu leito e eram camufladas com uma cobertura de taquaras e folhas secas. Em caso de ataque se tornavam importante recurso de defesa para, num primeiro momento, surpreender as forças invasoras, enquanto os quilombolas organizavam a fuga.
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Parabéns.