O artigo "Fazenda das Abelhas" foi originalmente escrito para ser publicado na versão impressa do Projeto Partilha, no entanto visto estarmos tratando neste período do distrito da Boa Vista, nada mais adequado que este interessante artigo de nosso importante colaborador. Para adequar sua publicação ao formato deste blog, dividimos em três partes.
Abaixo, encontramos um trecho de uma dessas cartas:
"[...] porem que sera obrigado dentro em hú anno que se contará da data desta ademarcala judicialmente sendo para esse efeito notificados os vezinhos com quem partir para allegarem que for a bem da sua justiça e elle o será tão bem a povoar cultivar a dita meya legoa de terra ou parte della dentro em dous annos, e qual não comprehenderá ambas as margens de algum Rio Navegável porque neste cazo ficará d ehua, e outra banda delle a terra que baste para o uso publico dos passageiros, e de huma das bandas junto a margem do mesmo Rio se deixará livre meya legoa de terras para comodidade, publica e de quem arrendar a dita passajem como determina a nova ordem do dito Senhor [...]” (AHU – cx.100 – doc.37 – A771 – fl3).
Para acatar este pedido, as grandes fazendas fundavam novas sedes nas periferias da sesmaria a fim de demarcar território e manter divisas. Assim aconteceu com a Fazenda Boa Vista e deste modo, seus herdeiros herdaram e fundaram:
Fazenda Taquaral (Alexandre Gomes Branquinho);
Fazenda do Ribeirão e do Prata – (José Justiniano Branquinho);
Fazenda Serrinha (Luiz Gonzaga Branquinho);
Fazenda Boa Vista (João Damasceno Branquinho) após divisão;
Fazenda das Abelhas (Jacinta Ponciana Branquinho).
Wanderley Ferreira de Resende em seu livro Carmo da Cachoeira - Origem e Desenvolvimento narra à história de Joaquim Fernandes Ribeiro de Rezende. Tropeiro vindo de imediações de São João Del Rei, mais precisamente Lagoa Dourada, que passando por esta região em terras de José Joaquim Gomes Branquinho, antigo dono da Fazenda Boa Vista conheceu Jacinta Ponciana Branquinho, uma das filhas do fazendeiro e que posteriormente veio a se casar.
Joaquim Fernandes vem de família tradicional, tronco importante da história de nosso país. Era irmão de Estevão Ribeiro de Rezende, (Marquês de Valença e posteriormente Juiz de Fora em São Paulo). Era tio de Estevão Ribeiro de Souza Rezende, (Barão de Rezende). Sobrinho de José de Rezende Costa (Capitão de Auxiliares na Inconfidência Mineira em 1792) Primo de José de Rezende Costa Filho (Administrador da Fábrica de lapidação de Diamantes, Contador Geral do Erário e Escrivão da Mesa do Tesouro).
Em 27 de Abril de 1801 na capela de João Francisco do Onça, filial de São João Del - Rei Jacinta Ponciana Branquinho e Joaquim Fernandes Ribeiro de Rezende casaram-se e fundaram assim a Fazenda das Abelhas. Tiveram oito filhos: José Celestino, Geraldo Saturnino, Candido, Antônio Abdenago, Maria Francisca, Ana Esmênia, Severino e João.
Fazenda das Abelhas - 1ª parte
Foi em meados do século XVIII, que grandes fazendas se instalaram no interior de Minas Gerais. O interessado em explorar e dominar novas áreas fazia um pedido ao Governador da Capitania de Minas Gerais dizendo de seu interesse de exploração e cultivo. Em resposta, o governo concedia o pedido através de uma carta chamada de Carta de Sesmaria, mas com a condição de Sesmeiro ocupá-la e faze-la produzir.
Abaixo, encontramos um trecho de uma dessas cartas:
"[...] porem que sera obrigado dentro em hú anno que se contará da data desta ademarcala judicialmente sendo para esse efeito notificados os vezinhos com quem partir para allegarem que for a bem da sua justiça e elle o será tão bem a povoar cultivar a dita meya legoa de terra ou parte della dentro em dous annos, e qual não comprehenderá ambas as margens de algum Rio Navegável porque neste cazo ficará d ehua, e outra banda delle a terra que baste para o uso publico dos passageiros, e de huma das bandas junto a margem do mesmo Rio se deixará livre meya legoa de terras para comodidade, publica e de quem arrendar a dita passajem como determina a nova ordem do dito Senhor [...]” (AHU – cx.100 – doc.37 – A771 – fl3).
Para acatar este pedido, as grandes fazendas fundavam novas sedes nas periferias da sesmaria a fim de demarcar território e manter divisas. Assim aconteceu com a Fazenda Boa Vista e deste modo, seus herdeiros herdaram e fundaram:
Fazenda Taquaral (Alexandre Gomes Branquinho);
Fazenda do Ribeirão e do Prata – (José Justiniano Branquinho);
Fazenda Serrinha (Luiz Gonzaga Branquinho);
Fazenda Boa Vista (João Damasceno Branquinho) após divisão;
Fazenda das Abelhas (Jacinta Ponciana Branquinho).
Wanderley Ferreira de Resende em seu livro Carmo da Cachoeira - Origem e Desenvolvimento narra à história de Joaquim Fernandes Ribeiro de Rezende. Tropeiro vindo de imediações de São João Del Rei, mais precisamente Lagoa Dourada, que passando por esta região em terras de José Joaquim Gomes Branquinho, antigo dono da Fazenda Boa Vista conheceu Jacinta Ponciana Branquinho, uma das filhas do fazendeiro e que posteriormente veio a se casar.
Joaquim Fernandes vem de família tradicional, tronco importante da história de nosso país. Era irmão de Estevão Ribeiro de Rezende, (Marquês de Valença e posteriormente Juiz de Fora em São Paulo). Era tio de Estevão Ribeiro de Souza Rezende, (Barão de Rezende). Sobrinho de José de Rezende Costa (Capitão de Auxiliares na Inconfidência Mineira em 1792) Primo de José de Rezende Costa Filho (Administrador da Fábrica de lapidação de Diamantes, Contador Geral do Erário e Escrivão da Mesa do Tesouro).
Em 27 de Abril de 1801 na capela de João Francisco do Onça, filial de São João Del - Rei Jacinta Ponciana Branquinho e Joaquim Fernandes Ribeiro de Rezende casaram-se e fundaram assim a Fazenda das Abelhas. Tiveram oito filhos: José Celestino, Geraldo Saturnino, Candido, Antônio Abdenago, Maria Francisca, Ana Esmênia, Severino e João.
Comentários
Uma correção - Dentre os filhos de Jacinta e Joaquim, existe uma Maria Francisca, onde acredito ser Maria Francelina de Rezende, casada com Rafael dos Reis e Silva, proprietários da fazenda Campo Limpo, conforme cópia de testamento do projeto compartilhar.
Luiz Otávio C. Faria