A mulher no serviço do lar, aquelas que serviram na Casa de seus Senhores nos idos tempos.
Desta exemplar senhora cachoeirense representa aqui todas as mulheres que na labuta diária em seus lares ou como serviçais nos idos tempos, mantinham o dia a dia das famílias.
Dona Nenê é uma pessoa especial. Nós a amamos muito. Reflete o aspecto devocional do universo, através dos valores internos presentes em seu agir no dia a dia. É humilde, sincera, fervorosa e submissa a vontade de seu Criador. Busca recurso de cura nos elementos da natureza, através das ervas que mantêm em seu quintal. É comum ver pessoas chegando, para buscar um raminho de alguma erva que esteja necessitando. Ela preserva os que nascem expontaneamente em seu quintal, e cuida para não acabar com aquelas que viram chás, e ajudam as mães a tratarem as doencinhas de suas crianças. A idéia de tomá-la como representante da "mulher servidora nos lares" foi o estudo das origens de Carmo da Cachoeira. Casou-se com Cirineu. Ele é descendentes dos "Martins Costa" ou "Costa Martins"; Pinto, ou simplesmente Costa. Futuras pesquisas poderão nos ajudar a reconhecer a questão da origem desses nomes aqui em Cachoeira.
Outro ponto é a ligação de Dona Nenê como servidora fiel nos trabalhos domésticos e de acompanhamento da família a que servia. Existe uma forte ligação que se mantêm até hoje com a família tradicional da Fazenda Itamarati: "Resende" e "Naves"..
Comentários
Certa feita, em um pouso, com a tropa a descansar
Estava André o velho tropeiro
Junto ao fogo, seu café a passar
Ia para o Rio de Janeiro
Levando produtos de Carmo da Cachoeira
Lá do interior da terra mineira
De repente um tropel de cavalo ouviu
E à sua frente um cavaleiro surgiu
Disse-lhe o homem; tropeiro, bom dia
A ferragem de meu animal pode verificar?
E apeando com elegância e fidalguia
Começou com ele a prosear
Pelo vestir e falar não é um mateiro
O que também não condiz com a vida de tropeiro
Mas tens coragem para tamanha peripécia nestes dias.
Responde o homem ao filho do Quinzinho
Falando manso bem baixinho
Nesta vida na guerra lutei
Na linha de frente vários perigos enfrentei
Sou Luis Alves de Lima e Silva
O Duque de Caxias
Os pais do TROPEIRO ANDRÉ foram, Joaquim Fernandes Reis é filho Maria Francelina de Rezende, nascida em 1810, filha de Maria Theodora Figueiredo, casada em segundas núpcias em Carmo da Cachoeira, com Antonio Teixeira de Rezende, filho de Antonio José Teixeira e Maria Benedita de Rezende. Maria Francelina casou-se com Rafael dos Reis e Silva, nascido em 1800 na Faz. Couro do Cervo. Foram moradores da Fazenda Campo Limpo. Municipio de Três Corações.
O autor da Poesia o tropeiro de Carmo da Cachoeira, Antonio Carlos é neto de ANTONIO FERNANDES REIS, casado em 1885 com MARIANNA CLARA DE VILHENA, nascida em Carmo da Cachoeira, na Fazenda Chamusca. Antonio - Tozinho e Marianna são pais, entre outros de dona Hulda Vilhena Reis, nascida em Carmo da Cachoeira , casada com Aarão Soares Rocha de Resende-RJ.Hulda e Aarão, são os pais do poeta. A genealogia vem nos mostrar o quanto CACHOEIRENSE é ANTONIO CARLOS REIS DA ROCHA.Sensibilizamo-nos com sua colaboração e lembrança. Gratidão, Luz e Harmonia a todos.
Só para correção :
Maria Francelina de Rezende, casada com Rafael dos Reis e Silva, é filha de : JACINTA PONCIANA BRANQUINHO E do Capitão JOAQUIM FERNANDES RIBEIRO DE REZENDE. Conforme Inventário e testamento de Jacinta Ponciano Branquinho,ano de 1842, retirado do Projeto Compartilhar,deBartyra Sette e Regina Moraes Junqueira.
Saudações.