Padre Antônio de Oliveira Godinho nasceu em 23 de janeiro de 1920, em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais, filho de José Godinho Chagas e Albertina de Oliveira Godinho. Sacerdote e professor universitário, doutor em Filosofia, Teologia e Direito, pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Iniciou sua vida pública em São Paulo, como deputado estadual, exercendo seu mandato de 1959 a 1963, pela legenda da União Democrática Nacional (UDN). Consecutivamente, foi eleito deputado federal para dois mandatos, 1963 a 1967 e 1967 a 1971, numa coligação da UDN com o Partido Democrata Cristão (PDC) e o Partido Rural Trabalhista (PRT). Como deputado federal destacou-se pela eloquência e erudição na oratória. Foi Observador Parlamentar à 45ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, em 1964. No dia 7 de fevereiro de 1969, teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos.
Para sobreviver Padre Godinho traduziu sob diversos pseudônimos obras da literatura italiana, entre elas de Pier Paolo Pasolini e Alberto Moravia. Já havia traduzido, em 1962, do latim, a Encíclica Mater e Magistra. Recuperando seus direitos políticos em 1979, após a extinção do bipartidarismo, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Padre Godinho foi autor do livro de memórias Todas as Montanhas são Azuis - reminiscências. Padre Godinho residia em Roma ocupada pelos alemães durante a Segunda Guerra. Publicou também Catolicismo, comunismo e outros assuntos - pela AGIR Editôra em 1947 no Rio de Janeiro. Foi diretor do Museu de Arte Sacra de São Paulo. Padre Godinho faleceu em São Paulo, em 17 de outubro de l992.
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