Fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome Rates ou Rattes: se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti, no plural), que em italiano e significa “rato”, designando agilidade e rapidez em heráldica.
Parecendo certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates. Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história.
Carmo da Cachoeira não é a única localidade cujo nome está vinculado ao Rates. Em Portugal encontramos São Pedro de Rates, e aqui no Brasil existem a Torre Singela1 na Bahia e o distrito de São Pedro de Rates no Espírito Santo. Com estas referências começamos a pesquisa utilizando a toponímia2, ou seja, a busca se iniciando a partir do nome originário da denominação. Nesta latitude e longitude uma cachoeira denominada dos Rates, ou Ratis. E é por aí que vamos começar nosso passeio.
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