Casa¹ construída na praça do Carmo, esquina com a Rua Dom Inocêncio, à direita de quem desce, ou melhor, sentido poente à direita.
“(...) situada na sede da Freguesia do Carmo da Cachoeira, no Largo da Matriz, divisando com a rua que vae ter na cadeia e pela frente com o referido Largo da Matriz (...), quintal esse, todo murado que o transmitente, Cônego Antônio Joaquim Fonseca, houve de José Celestino Terra. Testemunhas, João Urbano de Figueiredo e João Evangelista da Silva Frota. Eu, Antônio Villela Nunes, tabelião. Varginha, 22 de novembro de 1925”. Comprador, Francisco de Assis Reis². A casa foi demolida.
José Celestino Terra, cujo nome aparece durante muitos anos assinando o livro Fábrica da Paróquia. É citado pelo genealogista Paulo Costa Campos em sua obra Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas:
“Em 1862 foram feitas doações das terras, para edificação da ermida, sob o orago da Senhora Santana. A tradição diz que as doações foram feitas por Pedro Pinto da Silva, José Celestino Terra, Doutor Fernando da Costa Leal e Figueiredo, este custeou a construção, e João Vilela Figueiredo, encarregado de dirigir as obras”.
A sessão da Câmara Municipal de Três Pontas, do dia 13 de janeiro de 1876¹, descreve os limites do distrito com o nome de Sant'Ana da Vargem da Paróquia de Três Pontas, o nome de José Fernandes Avelino, cujo nome está ligado a freguesia do Carmo da Cachoeira. José Fernandes foi casado com dona Maria Clara Umbelina. O casal residia onde hoje faz esquina à Rua Doutor Veiga Lima com a Rua Artur Tibúrcio. Enviuvando-se, casou-se em segundas núpcias com Rita Victalina de Souza. Foi sub-delegado no distrito e pertencia a Guarda Nacional. Outro nome citado tanto em Santana da Vargem como em Cachoeira é a do fazendeiro José Celestino Terra. A história de Santana da Vargem se refere a ele da seguinte forma:
“José Celestino Terra, fazendeiro em Carmo da Cachoeira, mudou-se para este povoado e comprou terras para doar, à pedido de Pedro Pinto da Silva. Eram grandes amigos e parentes. José Celestino veio morar na casa construída na antiga Praça São Sebastião. Os operários que construíram a Igreja vieram da Fazenda de José Fernando Azevedo, a pedido de Antônio Celestino Terra, ambos ricos fazendeiros em Carmo da Cachoeira”.
José Celestino Terra era antes de tudo um articulador. Sabia onde esteva um bom do mercado: nos vales com boas pastagens e nos caminhos com boa circulação. Chegou lá, pelos lados do Vale do São Francisco, ou por outra, lá pelos lados da Picada de Goiás, existe um lugar muito especial: Carmo da Mata. Pois bem, José Celestino Terra andou por lá, também.
Projeto Partilha - Leonor Rizzi
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1. A casa de José Celestino Terra foi adquirida pelo Capitão Francisco de Assis Reis no mes 11 de 1.905. Francisco A. Reis casado com Purcina de Campos Reis, era filho do Alferes Manuel dos Reis e Silva e de Ana Generosa de Meireles, sepultados no antigo cemitério de Carmo da Cachoeira. Francisco e Purcina tiveram os sequintes filhos (Osvaldo, Lourival, Djanira, Nadir e Enira).
2. pg 33v.
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