Breve histórico ou roteiro, seguido pelos cachoeirenses na busca de seus documentos eclesiásticos:
Ø Até 1551 todo o Brasil era hierarquicamente dependente da Diocese do Funchal, ilha da Madeira. Em 25 de fevereiro foi erigida a Diocese de São Salvador da Bahia.
Ø Em 1676, com a fundação da Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, a Província de Minas Gerais in spritualibus passou a responder a este novo bispado até 2 de fevereiro de 1748. Foi aqui que a renomada genealogista Marta Amato encontrou a seguinte informação: em 1739 pertenciam a Carrancas vários cemitérios, onde foram enterrados escravos e desconhecidos falecidos na freguesia. Entre eles, o Cemitério do Campo Belo e o Cemitério do Deserto Dourado.
Ø Em 6 de dezembro de 1745 foi lançada a Bula “Condor Lucis Aeternae”, do Papa Bento XIV, pela qual Mariana passou a ser a sede do primeiro bispado da então Província de Minas Gerais. É nesta Diocese que temos o pesquisador, históriador e paleógrafo José Geraldo Begname rastreando os livros e os arquivos. Com dados a partir de 1720 busca-se dar provisão à capela de Nossa Senhora do Carmo, hoje Paróquia de Carmo da Cachoeira.
Ø Em 4 de agosto de 1900, pelo decreto da Sagrada Congregação Consistorial Regio Latissime Patens, foi criada a Diocese de Pouso Alegre, constituída pela região do sul de Minas, desmembrada das Dioceses de Mariana e São Paulo.
Ø Até 1906, o Brasil contava com duas sedes metropolitanas: Salvador e Rio de Janeiro.
Ø Em 1907 foi criada a Diocese de Campanha pelo Decreto Pontifício Spiritual Fidelum, do Papa São Pio X, a 8 de setembro de 1907.
Nota – O comendador Bernardo Saturnino da Veiga, ligado à Companhia de Águas de São Lourenço, pertencia a uma tradicional família de Campanha da Princesa. Era proprietário do jornal O Monitor Sul Mineiro, e em 1891 iniciou um movimento para a criação de um bispado com sede em Campanha, arrecadando então uma quantia avultada em contribuições espontâneas: 9:000$000. Sua família, além de tradicional era abastada e de elevado aprimoramento intelectual. Seu pai, Francisco Luiz Saturnino da Veiga, falecido em 1841, e seu avô, João Pedro da Veiga, com quinze anos veio para atuar no Brasil como professor de latim no Rio de Janeiro, com vencimentos de 10$000. Acabou seguindo para Vila Rica, aproximou-se de letrados como: Cláudio Manoel da Costa, Gonzaga, Ignácio de Alvarenga e outros.O romancista Bernardo Guimarães cita-o em sua obra, aliás, está na bibliografia consultada por ele, assim como na de todos os pesquisadores sul-mineiros.
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